![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhO_VQA9j9rIdoDyOpg6VthgR5z_2TRXVTYG7DqNbdkew34G4cMNmCUn87bVaAIbmswKBIMDC7xzU2xSE5UM6zC2HOothISai69Jtie__0LkbqdIsLxac3IfyrXCN_ixQ1tBYX_FgSgJjE/s400/Garcia+Lorca+-+jovenzito.jpg)
sábado, 25 de outubro de 2008
Frederico Garcia Lorca
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhO_VQA9j9rIdoDyOpg6VthgR5z_2TRXVTYG7DqNbdkew34G4cMNmCUn87bVaAIbmswKBIMDC7xzU2xSE5UM6zC2HOothISai69Jtie__0LkbqdIsLxac3IfyrXCN_ixQ1tBYX_FgSgJjE/s400/Garcia+Lorca+-+jovenzito.jpg)
domingo, 5 de outubro de 2008
A criação de um papel - primeiras abordagens
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGzNXefBSJ7U5mBJwmhjGaYXV1SXUDPS8HPD47FNqGfvCGIMv2HhHeIGsDSBwVoeIfWFph0q7JtLzFfcNY3KDPKhlq6C1tsxwWux5DeG81XWXTKxPy3wysHvsYUOaYBnK3e9V8-2wh-QU/s400/a_constantin-stanislavski-234.jpg)
- Teseu e Hipólita falam alegremente sobre as suas bodas próximas.
- Teseu manda Filóstrato dar ordens aos atenienses para que comecem as festividades e celebrações.
- Aparecem Egeu, Hérmia, Demétrio e Lisandro.
- Egeu quer que Hérmia, sua filha, se case com Demétrio, mas a rapariga está apaixonada por Lisandro e recusa o casamento arranjado pelo pai.
- Egeu coloca a questão a Teseu, Duque de Atenas, para que este accione a lei ateniense, que diz que as raparigas que se recusam a aceitar os maridos propostos pelos pais, são condenadas à morte ou encerradas num convento.
- Hérmia e Lisandro defendem o seu amor.
- Teseu ordena a Hérmia que decida: ou casa com Demétrio, ou é condenada à morte, ou é encerrada num convento. Dá-lhe quatro dias para pensar.
- Teseu sai com Egeu e Demétrio.
- Hérmia e Lisandro conversam e decidem fugir de Atenas, para a casa de uma tia de Lisandro, que mora longe e de quem Lisandro é o único herdeiro.
- Chega Helena, amiga de Hérmia e apaixonada de Demétrio, a quem os amantes revelam os seus planos.
- Saem Hérmia e Lisandro.
- Helena decide contar tudo a Demétrio, como prova do seu amor por ele e do desamor de Hérmia.
«Todos estes factos, tomados em conjunto, fornecem o tempo presente da peça.»
- mas não pode haver presente, sem passado, nem futuro. O actor deve ter sempre presente o passado e o futuro da personagem que interpreta. «Uma ligação directa do tempo presente de um papel com o seu passado e futuro dá corpo à vida interior desse papel a ser interpretado. Apoiando-se no passado e no futuro do seu papel, o actor poderá apreciar melhor o seu presente.»
- temos, ainda, o contexto social da peça, que deve ser estudado, «não só no próprio texto da peça, como numa variedade de comentários, textos literários, texos históricos referentes ao período, e por aí em diante. Exemplos de estudo para Sonho...:
- Pesquisar os nomes dos atenienses da peça (de onde vêm?...)
- Pesquisar as referências populares às fadas e duendes (Titânia, por exemplo, é tida, nalgumas linhas, pela rainha das fadas ou dos deuses, a Mãe Terra geradora dos Titãs...)
- Pesquisar factos históricos (o que foi o Renascimento? - características literárias, plásticas, arquitectónicas, de vestuário, ideológicas, etc.; referências directas a Atenas e à cultura ateniense; etc., etc.)
- Etc. (os dados para pesquisa vão surgindo consoante o estudo da peça se vai aprofundando)
Isto é apenas o trabalho inicial da criação de um papel e do estudo de uma peça.
Para tudo deve haver método, apropriação e desenvolvimento de técnicas. Com o tempo e a prática, cada um acaba por desenvolver um método de trabalho próprio, eficaz e adequado às suas características pessoais.
Atenção para não se perder demasiado tempo nestas fases (há sempre o perigo de nos embrenharmos em investigações interessantíssimas, mas que podem acabar por nos afastar do nosso objectivo principal: criar um papel para ser representado. Já vi actores que dedicaram tanto tempo e energia à investigação teórica, que acabaram por saber tudo sobre a peça, mas não chegaram a criar uma personagem verdadeira e credível)!
(Constantin Stanislavski, A criação de um papel, Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2007)
A Midsummer Night's Dream (o prazer do texto original)
SCENE I. Athens. The palace of THESEUS.
Enter THESEUS, HIPPOLYTA, PHILOSTRATE, and Attendants
THESEUS
Now, fair Hippolyta, our nuptial hour
Draws on apace; four happy days bring in
Another moon: but, O, methinks, how slow
This old moon wanes! she lingers my desires,
Like to a step-dame or a dowager
Long withering out a young man revenue.
HIPPOLYTA
Four days will quickly steep themselves in night;
Four nights will quickly dream away the time;
And then the moon, like to a silver bow
New-bent in heaven, shall behold the night
Of our solemnities.
THESEUS
Go, Philostrate,
Stir up the Athenian youth to merriments;
Awake the pert and nimble spirit of mirth;
Turn melancholy forth to funerals;
The pale companion is not for our pomp.
Exit PHILOSTRATE
Hippolyta, I woo'd thee with my sword,
And won thy love, doing thee injuries;
But I will wed thee in another key,
With pomp, with triumph and with revelling.
Enter EGEUS, HERMIA, LYSANDER, and DEMETRIUS
EGEUS
Happy be Theseus, our renowned duke!
THESEUS
Thanks, good Egeus: what's the news with thee?
EGEUS
Full of vexation come I, with complaint
Against my child, my daughter Hermia.
Stand forth, Demetrius. My noble lord,
This man hath my consent to marry her.
Stand forth, Lysander: and my gracious duke,
This man hath bewitch'd the bosom of my child;
Thou, thou, Lysander, thou hast given her rhymes,
And interchanged love-tokens with my child:
Thou hast by moonlight at her window sung,
With feigning voice verses of feigning love,
And stolen the impression of her fantasy
With bracelets of thy hair, rings, gawds, conceits,
Knacks, trifles, nosegays, sweetmeats, messengers
Of strong prevailment in unharden'd youth:
With cunning hast thou filch'd my daughter's heart,
Turn'd her obedience, which is due to me,
To stubborn harshness: and, my gracious duke,
Be it so she; will not here before your grace
Consent to marry with Demetrius,
I beg the ancient privilege of Athens,
As she is mine, I may dispose of her:
Which shall be either to this gentleman
Or to her death, according to our law
Immediately provided in that case.
sábado, 4 de outubro de 2008
Kabuki
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcz1FYcwaH6Ogk7NPtjw_yko8aqDIO23twauUIX9-mgcYJ1T2D20TRk4Ac8Udxa9aTTm70lZt88EeKl2dFpFpltUtbGQNM1Rv4FafOxEkKmlDBrTAcvpkdO3OXoHZa0VlVTeH6tb2WWbU/s400/KABUKI.jpg)
Check it out! (é só um mote; a partir daí, é procurar mais!)
http://www.culturajaponesa.com.br/htm/kabuki.html
http://www.kabuki21.com/
http://library.thinkquest.org/TQ0013420/
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWmUotRt178ghwYmquZ3R6Oji6IzHOFsIw99YPhX9wNKATFDW_hhcOOvum79gf77_Wo1zXodNDah7rtVdEgjCznEiVmSLrV8YJf0MQhqw-TTJS_WDScMI3zvitmPVL0-Y9ND0NLvHUlh8/s400/kabuki5.jpg)
Vídeos no Youtube:
http://www.youtube.com/results?search_query=kabuki&search_type=&aq=f
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
Ópera de Pequim
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqdc6PdpsD0xWTdBvz_m6Z-1nTli7kmY-M2GHyLfcrIfGmdZpo4WALCqokXyXKDZUuiImZ3GlvY7ZSJriiwZtDocBzhY8RUtnEuUfMvW9qTg5_If8P2KTncYWIS3Mfk6wzpAaW6P_de3k/s400/Zhong-Kui+-+%C3%B3pera+de+pequim.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYkklFlMaaTsaiA0RKuRQpyHfK6ECMSdFb139z6gnMsxpvermHPySW4CCNIGqL9zueFBLQzcmES4Lodr7vS5ZkUTrkfdkvIaiJOA9YSoRl0wI0_UpTrm6txCLkEQfswInpFx_0_c-5DOc/s400/pequim.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOEOvomaTIAHjfTeoGalMh639MyMqKxAfiIRFAXxqOCt5YzuupTh3QxO1gyzgdzhG94rruDCBr38UhDMNBJErGtZbMTiNK16cyfVPP_C61ECI2duHfyl5kqR64u16px6N4_jzdYL-fxAM/s400/operapequim02.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlVLjYo2m5VUBqKPCS83lb3Q8qiJQTYmUO7QcDgPsY1V0ReqGdyNVD8fdYmh7RQgMs6iKyoJlo0bpbR902AG1Ky48Pi7VBzb1yKvOIvJa23Va90CRPd52zkJRi1K469aQ7Z3IRBYp9Ezs/s400/%C3%B3pera+de+pequim+-+imagem+masculina.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidh9go-ovDy6zspMEbUYZwD2W9Q0MOSvFKEr1YK-2h1WYsP3IMOZefuS_FR44jp63ywRrR5oaXpN50qWlAxj50SJN53bvRT5GEVEPUNtYfUc1txjGefDznU4fOfwusEu4PNXmYp7AeZP0/s400/%C3%B3pera+de+pequim+-+imagem+feminina.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOkraS7qgSBDgVqC5OyAqfzDJaU0UlG7_fz4WStPTMJ6ITjh9Upor_LdICsffGBdridEq9WHbGw1oMjQlbfiG83W5yDe5ZqhNKEytZt_MclCAn7DZgVFCVxmc5PlyKESvsglkOuijzUgA/s400/M%C3%A1scaras+%C3%B3pera+de+pequim.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4ySnoTK7PeDt-uYu2NzBVJpN_o_D7zjYynobZ6a51wSkMYWwjTwHC9R-F-w0FmLqJH7QBxhmuOM2LtHxidHQes2rvT-6xpcZRJbHwgYZTjTaQtRgHj0lr_jd7XNkKCi8Z19slsvuUvD0/s400/5jingjulianpu+-+%C3%B3pera+de+pequim.jpg)
A Ópera de Pequim é a combinação de movimentos estilizados, cantos, diálogos e mímica, acrobacias, lutas e dança, como forma de representar a a história e sentimentos de diversas personagens quotidianas: as suas fúrias, tristezas, alegrias, surpresas, medos...
Neste espectáculo há quatro principais personagens-tipo: sheng (masculino), dan (rapariga nova), jing (cara pintada, masculino) e chou (palhaço, masculino ou feminino). As personagens podem ser desde traiçoeiras ou leais, belas ou feias, boas ou más. As suas características são explicitamente evidenciadas...
O repertório da Ópera de Pequim anda à volta de temas sobre tempos remotos, importantes eventos históricos, sobre imperadores, ministros e generais. A performance é acompanhada por músicas tocadas por flautas, instrumentos de percursão e vários instrumentos de cordas: o being jinghu (com duas cordas e uma grande caixa de ressonância), o yueqin (quatro cordas, com uma caixa redonda), anxian (de três cordas), a suona, gongos, e outros instrumentos de percussão.
O guarda-roupa é extraordinariamente luxuoso e exuberante, o que, a par das pinturas faciais, torna este espectáculo único e deslumbrante.
domingo, 14 de setembro de 2008
Mais um ano!
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sexta-feira, 5 de setembro de 2008
E o prémio de empreendedorismo vai para...
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGMVTYjynwXgTnTA7OvEGjJbgi6e7zgqnwFadeb1Xq3fnIKEA59dFr1iunWJdzU5eXPWo9uln7aCsEBfvzKVXXDpnNX5wepOqqW8UjRtt6JU-nU3DdG6gEF8Rq0_eTkrY6gBwIzZHe15M/s400/Feira+de+Empreendedorismo+2008+1.jpg)
«No passado dia 14 de Maio de 2008, a Escola Secundária Pinheiro e Rosa organizou uma feira de apresentação de produtos de empresas criadas em algumas turmas daquela escola. A iniciativa prendeu-se com o projecto 3E’s (Empresas e Empreendedorismo na Escola), coordenado pela professora Estela Gonçalves. O objectivo desta iniciativa é estimular os alunos a desenvolver um espírito empreendedor que os ajude face aos desafios da sua futura vida profissional.
Na escola Pinheiro e Rosa, oito turmas responderam ao desafio de criarem um negócio com viabilidade e possibilidade de colocação no mercado. Desde a produção de velas perfumadas até à organização de actividades para crianças, o fabrico de bijutaria ou a criação de uma plataforma de jogos on-line para computador, as ideias não faltaram. Mas foi a turma do Curso Profissional de Artes do Espectáculo que ganhou o certame, com a ideia dos «Telegramas Encenados». A ideia é enviar um emissário, caracterizado com uma personagem à escolha do cliente, para entregar, em mão, uma mensagem. O leque de 10 personagens englobava criações do imaginário colectivo ocidental, desde o duende à fada dos dentinhos e a um duo de Drag Queens, passando por uma cigana, pela personificação da Morte ou do Amor. Na escola, foi um rodopio à volta da banca das mensagens, pois tanto alunos como professores e funcionários queriam enviar uma mensagem pessoal a alguém. E havia-as de todos os géneros e para todos os gostos. Para amigos, namorados, amores não correspondidos ou mesmo de pedidos de perdão.
As empresas foram avaliadas segundo seis parâmetros: Qualidade do Dossier, o Plano de Negócios, a Participação na Feira, a Inovação da Ideia, a Possibilidade de Realização e a Economia Social e Ambiente. A equipa vencedora, "Eventos e Talentos", coordenada pela professora de Interpretação, Ana Cristina Oliveira (que é também a directora do curso de Artes do Espectáculo), vai investir o dinheiro ganho no 1º prémio na sua própria formação.»
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
Vocalizos
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terça-feira, 2 de setembro de 2008
Dia Mundial do Teatro 2008
quarta-feira, 6 de agosto de 2008
sexta-feira, 1 de agosto de 2008
Segmentação
Por aqui se vê o que a segmentação pode permitir. Especialmente dedicado ao Pedras!
Sem mais comentários...
sexta-feira, 18 de julho de 2008
A Revolta do teatrinho enlatado!
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quarta-feira, 16 de julho de 2008
Féééériiiiiiiaaaaaaasssssssss!!!!!!!!!
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggu7BkSf79qY-qEs5g3_aS1B-xtQePJOiBld8_ZQgiOhF8q5ootVUqZpZwu3gm6ugZIwR-wCJdsFJuL3yb9_w7r7SB7MWfp_ce73J5vCGtSiUXVMF6OM58wegzeWBKD6f3tj4jUii3yCk/s400/O+estranho+mundo+de+Jack.jpg)
Zen e a Arte do Tiro com Arco
O meu mestre deu-me um arco muito rígido. Perguntei porque é que estava a começar a ensinar-me como se eu já fosse um profissional. Ele respondeu: "Aquele que começa com coisas fáceis, fica despreparado para os grandes desafios. É melhor saber logo que tipo de dificuldades vai encontrar no caminho."
Durante muito tempo, eu atirava sem conseguir abrir bem o arco, até que, um dia, o mestre me ensinou um exercício de respiração e tudo se tornou mais fácil. Perguntei porque demorara tanto para me corrigir. Ele respondeu: "Se, desde o início, eu te tivesse ensinado os exercícios respiratórios, acharias que eram desnecessários. Agora vais acreditar naquilo que eu te disse e vais praticar como se fosse realmente importante. Quem sabe educar, age assim."
O momento de soltar a flecha acontece de maneira instintiva, mas, primeiro, é preciso conhecer bem o arco, a flecha e o alvo. Nos desafios da vida, o golpe perfeito também usa a intuição; contudo, só nos podemos esquecer da técnica depois de a dominarmos completamente.
Passados quatro anos, quando eu já era capaz de dominar o arco, o mestre deu-me os parabéns. Eu fiquei contente e disse que já tinha chegado a metade do caminho. "Não", respondeu o mestre. "Para não caíres em armadilhas traiçoeiras, o melhor é considerares como metade do caminho o ponto que atinges depois de percorrer noventa por cento da estrada."»
segunda-feira, 9 de junho de 2008
A Ética do Espectador
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sexta-feira, 6 de junho de 2008
Stanislavski vs. Pedagogia Teatral Contemporânea
«Eis a ética stanislavkiana: a atenção a si, ao corpo, ao universo interior, à disciplina, ao companheiro, ao conjunto da obra teatral, implica uma transformação de si, contudo, com a finalidade de melhor exercitar a função de ator.
Gilberto Icle– Universidade Federal Rio Grande do Sul (Brasil)
quarta-feira, 28 de maio de 2008
Grotowski e Ética
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terça-feira, 13 de maio de 2008
A Gaivota - Anton Tchekov
Isto começou na noite em que a minha peça foi posta de rastos.”
(Acto II)
Irónico e premonitório o que Anton Tchékhov põe na boca de Treplev, personagem de A Gaivota, uma das maiores peças do dramaturgo russo. De facto, a peça viria a ser representada por uma companhia de Teatro clássico e seria, efectivamente, posta de rastos. A história de Treplev começava a assemelhar-se à de Tchékhov. Tal não será de estranhar, já que, quer um quer outro são escritores inovadores colocados numa sociedade inerte culturalmente que não admite o novo e idolatra o estabelecido.
Apreciar A Gaivota é, também, perceber a sua influência no teatro russo e mundial. Tchékhov não era o único a sentir a necessidade de uma revolução no Teatro russo. É desta necessidade que nasce, pela mão de dois dos maiores teóricos mundiais do Teatro, o Teatro Artístico de Moscovo. São eles Vladimir Nemiróvitch-Dântchenko e Constantin Stanislávki. Esta seria uma fundação histórica no Teatro russo e, não por acaso, o símbolo que escolheriam para o grupo viria a ser uma gaivota.
A Gaivota é uma peça de revolução. De revolução contra a concepção de Teatro em vigor na Rússia do final do século XIX; de revolução contra a apatia generalizada; de revolução contra os narodniks. Estes faziam o apanágio de uma vida pacata e tradicional na Rússia rural em oposição ao vício da cidade. É uma reacção a tudo isto, misturada com a necessidade de se opor ao classicismo ultrapassado do Teatro russo, que explicam a obra de Tchékhov.
A Gaivota é a metáfora disto mesmo por oposição de Treplev, o escritor novo, incompreendido e original, a Trigorine, o escritor tradicional, que se movimenta nas correntes artísticas conhecidas e é reconhecido. A desgraça e o desfecho previsivelmente trágico do primeiro face à opulência aparentemente plena de qualidade literária do segundo são o mote para uma comédia de costumes, que é no fundo um drama.
Um drama porque, como no resto da sua obra, Tchékov é mestre a criar uma atmosfera de vazio. Nada se passa, nada se pensa e nada se pode, nesta vida de província, pequenina, retrógrada, alimentadora do estabelecido que lhe chega da cidade. Não será um ambiente tão silenciante como em O Tio Vânia, mas trata-se do mesmo ambiente onde se cheira a inércia, talvez mais barulhenta pelo ruído das muitas pessoas que vagueiam pela casa.
Para além da concepção teatral, há também a oposição entre a representação clássica e um novo método que viria a ser estabelecido pelo Teatro Artístico de Moscovo (que representaria, com sucesso e aclamação, A Gaivota). Arkadina, mãe de Treplev, representa um Teatro ultrapassado, mas que ainda assim subsiste com sucesso, enquanto Nina representa a vontade de representar mal compreendida pelos valores vigentes. Tanto ela como Treplev são ainda sugados pelo ambiente rural que os impede de dar o salto convenientemente.
Tudo o resto, é puro Tchekhov a ser apreciado. Os silêncios, a inversão da lógica base da estrutura do texto teatral, a metáfora das personagens, a ironia mordaz do ambiente que cria, a critica social, a modernidade. Indispensável para qualquer amante do Teatro, pela sua importância histórica e pela modernidade textual.
Retirado de:
(Espaço de Crítica Artística - http://criticaartistica.blogspot.com/2006/11/gaivota.html)
terça-feira, 18 de março de 2008
Actuação
Vejam este gajo. Portuga, numa actuação humorística, com rigor e criatividade. Giro, para vermos outras linguagens!
segunda-feira, 3 de março de 2008
Oficina «A poesia entrou em cena...»
( Maio de 2008?)
sábado, 16 de fevereiro de 2008
A disciplina de Voz
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A disciplina de Voz está inserida no conjunto de disciplinas do curso de Artes do Espectáculo / Interpretação e surge com a necessidade de desenvolver um conhecimento sistemático e uma consciencialização artística da utilização da Voz como instrumento no fenómeno teatral. O aluno é motivado para um processo de auto conhecimento das suas potencialidades corporais já que, o estudo da voz está intimamente relacionado com o corpo enquanto raiz física do som.
A importância da palavra, do som e do texto em teatro fomentam o sentido da sensibilidade na comunicação. Enquanto integrando o pensamento, a emoção, os afectos, as sensações e pulsões passíveis da comunicação verbal, a voz é um instrumento essencial para o crescimento da estrutura artística do futuro actor.
Hoje, existe uma base científica para a técnica vocal. O conhecimento da ciência da voz desenvolveu-se muito nos últimos tempos e explica com clareza o funcionamento do aparelho fonador.
O actor é corpo, voz e sensibilidade. A voz é um poderoso instrumento de persuasão e marca indelével da nossa individualidade. Podemos adaptar um adágio popular e dizer ”Diz-me como falas, dir-te-ei quem és”. Tão importante quanto aquilo que se diz, é a forma como se diz. Antes de qualquer trabalho de técnica vocal, no sentido estrito, o aluno terá de ter a disponibilidade para poder trabalhar os aspectos afectivos da comunicação, quer seja ela verbal ou não verbal.
Na educação vocal, são utilizadas técnicas diferentes com vista a uma melhor produção sonora. A primeira abordagem passa pela reflexão do uso profissional da voz, da sua individualidade e características únicas. É feito um “rastreio” vocal com vista às necessidades particulares de cada aluno, onde se despistarão eventuais problemas, devidos a um mau uso da voz ou a problemas congénitos.
Numa primeira fase, é essencial conhecer o processo da emissão vocal, a importância da respiração diafragmático-abdominal e inter-costal. É imprescindível conhecer os mecanismos fisiológicos que envolvem a produção sonora. A preparação vocal implica o conhecimento dos mecanismos que a fonação envolve, como sejam a respiração, a intensidade, a altura o timbre e a articulação.
É premente que o aluno fique sensível à fisiologia, à fonética articulatória e acústica do “som“ da sua voz. Assim sendo, tem de saber utilizar harmoniosamente a voz, de acordo com as leis físicas e fisiológicas, tendo o aparelho muscular e fonético equilibrado, de forma a não existirem tensões nem relaxamentos exagerados. Deve saber utilizar o corpo da mesma forma que utiliza um instrumento musical.
Uma má técnica vocal, alicerçada numa má relação entre o escoamento do ar e a pressão dos órgãos fonadores, deteriora a qualidade vocal, causando tensões da glote e, necessariamente, uma voz velada e bocejada, sem brilho e projecção.
Será, então, utilizado todo um conjunto de exercícios com vista à plena utilização de uma respiração reforçada, apoiada no tórax, abdómem e inter-costais. Serão conhecidas as posturas desfavoráveis a uma boa emissão vocal bem como, todo um conjunto de práticas nocivas à manutenção de uma voz com qualidade, desde comportamentos de acção mecânica, uso de medicamentos e factores psicológicos.
O trabalho vocal é contínuo e exige persistência, exige “ginásio “ vocal: tem de ser interiorizado o domínio das técnicas de relaxamento corporal e a prática de exercícios vocais (vocalizos).
A energia adquirida durante a inspiração será transformada em energia sonora ao nível da laringe sendo também, veiculada a mensagem afectiva e articulada, produzida ao nível dos órgãos ressoadores (cabeça e peito) e órgãos de articulação fonética.
A articulação e as ressonâncias têm de ser coordenadas de forma a que a extensão e a dinâmica da voz resultem numa voz bem timbrada, com harmónicos e com uma intensidade e altura considerados ideais.
Serão prática constante os exercícios de inspiração plena, pelo recurso ao movimento livre do diafragma, abertura toráxica e pela libertação das costelas flutuantes. A colocação da laringe, sem reduzir a cavidade da faringe e o não tensionamento das cordas vocais envolvem a prática constante de exercícios destinados a esse efeito. A inspiração obtém-se pela maior abertura inter-costal, abaixamento do diafragma e por conseguinte, um ligeiro dilatar da zona abdominal. A expiração, tensão e abertura da glote por um lado, e o volume dos ressoadores por outro, são equilibrados de forma a evitar contracções excessivas ou desperdícios de fôlego, geradores de descoordenação ou de fadiga vocal. O abaixamento exagerado do maxilar e da pressão da base da língua sobre a laringe, um ângulo maxilar demasiadamente reduzido, uma tensão excessiva dos músculos vocais, o uso de uma respiração toráxica superior e ombros elevados têm de ser constantemente corrigidas.
A técnica correcta consiste num conjunto de exercícios vocais, cuidadosamente preparados em ordem progressiva, que permitirão a aquisição gradual de uma emissão sonora melhorada. A tessitura vocal será ampliada e igualada nos registos graves, médios e agudos. O aluno terá de saber usar a altura dos tons, dosear a sua intensidade, dinâmicas e volume. O recurso aos “vocalizos” tem por função exercitar e moldar a voz do actor e ou do cantor, através das progressões cromáticas ascendentes e descendentes, com formações de intervalos diferentes ou de motivos melódicos e rítmicos, visando desenvolver a respiração, a emissão do som, a articulação, o apoio, a ressonância e a projecção vocais.
Recorrendo aos textos teatrais trabalhados na disciplina de Interpretação e em Formação em Contexto de Trabalho, ter-se-á a oportunidade de se avaliar o uso de uma boa dicção e articulação, assim como também do enriquecimento interpretativo dos mesmos, pelo uso fluente de tons, do volume e projecção vocais.
A disciplina de Voz deve ser leccionada em estreita articulação com a disciplina de Interpretação e com a Formação em Contexto de Trabalho. Cabe a cada professor manter-se atento aos objectivos destas outras disciplinas, aproveitando todas as possibilidades de articulação no sentido de criar momentos de aprendizagem que motivem o aluno para a importância do treino e da articulação entre as várias vertentes práticas (interpretação – voz – movimento), do processo artístico, no âmbito do fenómeno teatral. Nesta perspectiva cabe ainda a cada professor, procurar, de acordo com as suas próprias características e formação e em cada contexto individual (aluno) e de grupo (turma), a melhor forma de alcançar os objectivos, sempre condicionados às orientações do projecto artístico da escola.
As competências a adquirir
Nesta disciplina, as competências, para além de serem uma aquisição de saberes específicos, são também e essencialmente, o desenvolvimento de uma consciência da necessidade de rigor, sensibilidade e emotividade artística que vão promover no aluno uma constante procura pelos seus limites artísticos ao longo da vida. Algumas das competências específicas a desenvolver são as seguintes:
- Conhecimento da voz e de si próprio
- Conhecimento dos elementos do grupo como materiais de aprendizagem
- Conhecimento e exploração da respiração e dos ressoadores
- Apuramento do ouvido, associado à flexibilidade vocálica e à entoação
- Utilização livre e global da voz
- Aprofundamento da noção de ritmo
- Reconhecimento e articulação dos sons e das ideias
- Correcção de problemas de articulação e dicção
- Domínio das técnicas vocais
A avaliação
A avaliação tem que forçosamente ter um carácter contínuo já que deve acompanhar a totalidade da aprendizagem da disciplina ao longo do tempo do curso. Haverá momentos de avaliação importantes que se reflectem na apresentação de exercícios vocais e que, para além de revelarem uma coerência projectual, também estimulam e promovem a aquisição e interiorização das aprendizagens. Contudo e por estarmos perante uma estrutura modular, devem realizar-se momentos de avaliação no final de cada módulo. Estes dão a conhecer ao aluno, de uma forma progressiva, indicação sobre o seu percurso na disciplina. Porque esta é uma disciplina da área profissional, também aqui é o aluno confrontado com as exigências reais da profissão de actor e por isso a assiduidade, pontualidade, participação, interesse, disciplina, rigor e sentido de responsabilidade, devem ser factores muito importantes no processo de avaliação. Os factores de criatividade e empenho são igualmente importantes. A capacidade de adesão a todo um trabalho de equipa e a capacidade de encontrar soluções de expressão artística para o trabalho proposto, são pontos fulcrais no processo de avaliação.
Retirado do Programa da Disciplina de Voz - Ministério da Educação
Responsável pelo Programa: Escola Profissional de Teatro de Cascais
Autores: Escola Profissional de Teatro de Cascais; Balleteatro; Academia Contemporânea do Espectáculo
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008
Trapézio
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(ilustração de Carla Pott)
"Apanha" com nomes
Ficam sempre dois, que são os vencedores.
Este jogo trabalha a concentração, a atenção, a voz e a reacção.
(foto de Sónia Correia)