sábado, 20 de outubro de 2007

Considerações sobre Teatro I



«Afinal, o teatro, onde tudo começa, baseia-se num jogo de engano mútuo. O actor finge ser alguém que não é e o público suspende voluntariamente a sua descrença. É um jogo de confiança, no qual as duas partes correm o risco de sofrer a humilhação de fazerem papel de parvas. Ao partir do princípio de que o público lhe concederá o tempo e a atenção necessários para desenvolver a sua arte, o actor torna-se vulnerável à atrapalhação do fracasso. Em troca, o público depende dos dotes do actor para não se sentir idiota por ter acreditado. Quando é bem negociado, toda a gente pode ganhar com este contrato. A recompensa é aproximadamente uma hora de pensamento colectivo mágico – e inofensivo.»





«Tal como na vida real e independentemente do cenário, uma representação resume-se a uma série de opções, cada uma das quais condiciona a seguinte. Por mais inesperado que seja, tudo o que sucede enquanto esta dura – um acessório perdido, outro actor que, inexplicavelmente, se afasta do guião e começa a improvisar, ou até as paredes do cenário a desabarem sobre o palco – tem de ser integrado. De outro modo, mais vale descer já o pano.»


Michael J. Fox, Um homem de sorte, Lisboa, Ed. Bizâncio, 2002




Uma viagem bastante completa pelo mundo do Teatro (em Português do Brasil):

5 comentários:

Black Swan disse...

"Papel de parvas"?

Aprendam comigo: O público não se vai rir de nós! Nós é que vamos fazer rir o público!

Á pois é....


Não é??? :S

(se não é, digamos que perdi uma boa oportunidade de ficar calada)




PS- Cupido?? SUA VELHACA! (que que quer dizer velhaca?)

Oia que eu vou dizer a turma que te xamas S----- Pátixa!!!!


HAHAHAHAHAHAH(gargalhada maléfica)

Black Swan disse...

Oia, uma dúvida.
Ontem, estive a fazer os exercicios de respiração. Como na última aula.
E lembras-te de eu dizer uma vez, que quando a barriga estava cheia de ar, o ar subia para os pulmões?

Agora já não. E estive a tentar descobrir o que é que acontecia a zona da pélvis quando respiravamos. Bem, ela enche-se de ar...como na barriga... Suponho que é para ai que vai o ar, se já não vai para os pulmões quando não a espaço na barriga. O prob. é que eu não sei se ela já se enchia antes. Nunca tinha reparado.....

De qualquer maneira vou voltar a fazer... a ver o que mais aconteçe...

Tixa disse...

O que acontece é que, conforme vais relaxando e exercitando o controlo da respiração, ela vai sendo cada vez mais profunda, ou seja, de cada vez que inspiras, sentes as ligações internas que acontecem quando o oxigénio entra no teu corpo e chega cada vez mais longe.
Não interessa se já fazias respiração pélvica antes. O que interessa é que, agora, tens consciência dela e consegues controlá-la, para que sejas tu a dominar e a utilizar a respiração, e não o contrário.

Velhaca quer dizer mulher traiçoeira, brejeira, maliciosa. Foi bem utilizada, sim. ;)

Black Swan disse...

Desculpa aquilo dos gritos... Não me contive....
Mas estão intactas, quando cheguei a casa gargarejei com água natural... De manha estavam como novas.

:S

Sabes o ke é.... Ali ao maximo... a adrenalina a subir.....:)

Tixa disse...

'Tá-se bem. Ainda é muito cedo para te estares a preocupar com a voz nestes momentos. Mas eu tinha de fazer o meu papel, não é? ;)

E o truque não é deixar de viver a vida. É ter a voz preparada para tudo e saber mimá-la depois.

Fizeste bem.